quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Coisas afins

Para o ano novo o Teatro da Neura deseja a todos novos rumos para o mesmo destino.

Esperamos que consigamos melhorar a nossa profissão, o nosso pensamento e assim construirmos um mundo mais solidário, justo , amigo e atento às suas transformações.

Penso aqui com meus botões que o Ato Falho passará por uma nova cara. Vou ver o que posso fazer pra melhorar a bagaça toda contando sempre ocm os amigos que sempre bisbilhotam por aqui.

Do mais, pra finalizar a última postagem do ano porque ninguém tá com tempo mesmo:

Força, pra nós

domingo, 12 de dezembro de 2010

Cultura perde orçamento em Mogi


E quando a gente pensa que as coisas estão ruins, parece que pode piorar.

É possível que o orçamento da Secretaria de Cultura de Mogi das Cruzes (SP) que já era pouco girando em torno de 1 milhão de reais, para o ano que vem cairá para 700 mil.

Incrível imaginar que uma cidade que, se não me engano é a cidade do Alto Tietê que mais possui Ponto de Cultura, não conseguiu compreender o quão pode ser importante para seus habitantes, se o orçamento e suas políticas de uso ampliarem para que mais pessoas possam usufruir de suas práticas artísticas cotidianas.

A falta de conceito do que é público e o pensamento limítrofe que os gestores públicos tem me levam a pensar que, mesmo desanimando naturalmente com uma notícia dessas, agora é a hora de refletir sobre essa prática, ver o histórico de quem a leva a cabo e preparar campo para um boa conversa com aqueles que estão ao nosso lado e denunciar diariamente essa postura atrasada que ainda somos obrigados a conviver.

Minhas forças não são poderosas mas são companheiras.

Para tanto, estou aqui solidário a essa luta que ano que vem será mais dura, mais sofrida e obrigará a alguns, infelizmente, a desanimar frente a importância que o poder público deve ter perante seus cidadãos. No nosso caso é cidadão quem recebe a obra artística e também aquele que faz a obra.

Vamos em frente amigos artistas. Estamos apenas começando uma luta que, espero, tenha um fim logo. Mogi é uma bela cidade e com grandes artistas. Não merece essa falta de compromisso que seus dirigentes querem fazer acreditar.

Juntos, seremos mais.
E juntos estamos. 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A Mostra de Referências Teatrais vai... e nós ficamos


Depois de uma boa Mostra de Referências Teatrais - a 6ª edição - com espetáculos de grande porte e excelência artística, é chegada a hora de colocarnos sobre nós um olhar mais atento.

Hoje estamos numa sinuca de bico perigosa. Sem políticas públicas na região que efetivamente possibilitem que os grupos produzam seus espetáculos sem implorar de joelhos - e mesmo implorando muitas vezes não conseguem - as produções locais tendem a sempre ficar abaixo do esperado e fortalecer a idéia péssima de que "o que vem de fora é melhor do que está aqui e por isso o que está aqui não vale a pena ser prestigiado".

Se as peças servem como referência para nós que conseguimos identificar os avanços no teatro de pesquisa e ao mesmo tempo pode ajudar na formação de público - outro tema importante a ser tratado aqui - quando eles vão embora deixam aqui uma cidade e região com políticas de balcão ou nenhuma política de fomento a produção cultural.

É chegada a hora de refletir sobre a importância na Mostra num momento onde ela, quando nasce da vontade de grupos em trocar estéticas, passa a trabalhar com a mesma lógica sobre a qual lutamos por aqui, ou seja, o que é de fora é melhor.

A luta, que deveria ser de melhorar o olhar dos gestores públicos, passam a valorizar a Mostra como mais um evento e não conseguem entender que ela só tem validade se conseguirmos olhar pra dentro e avaliar o que deve ser realizado para a melhoria dos grupos da cidade.

Já que o poder público não olha para o lado de cá, devemos compreender as nossas causas e sacar que não teremos tempo muito grande pra conseguirmos fortalecer a nossa profissão para nós. Se nós não a defendermos, ninguém a fará.

Acho que é a nossa sina. Mas desconfio que estou pronto para avançar.