segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Ano de eleição e a cultura na pauta. (?)

Já é de conhecimento de muitos que nós brasileiros (uma vez que não vivo em outro país, falo por esse) temos o hábito de realmente falar de política e a pensar política de forma mais efetiva em ano eleitoral. Por nossa sorte - ou azar - isso acontece a cada 2 anos. 

Vivendo mais de perto a realidade da cultura, uma vez que vivo nesse meio, já é possivel sentir a preocupação de alguns sobre os rumos que uma eleição pode ter nas políticas culturais da cidade ou região. 


É claro que a cultura no que se refere produção, acesso e fruição não tem valor nesse processo eleitoral como acho que deveria ter, mas o fato é que nós somos formadores de opinião e, se bem usado podemos atrapalhar bastante ou ajudar muito.
Seja como for é chegada a hora de, mais uma vez, estarmos diantes de nossa missão enquanto cidadãos, avaliarmos o que pela frente virá e estabelecer compromissos que colaborem para que os governantes tomem conciência de que ação cultural não é política cultural de Estado.

Não tivemos ainda essa experiência mais avançada politicamente, mas receio que a população ainda não foi convencida por nós, artistas, que o que fazemos é fundamental pois se trata de uma manifestação genuína daquilo que temos de melhor - que é a nossa capacidade de vivermos num mundo e tentar recriá-lo de forma artistica e viva!

A nossa luta, deve ser uma luta política não no que se refere a convencer somente os governantes, mas de convencer principalmente os trabalhadores a perceber que ao ter acesso a arte, está tendo acesso a ele mesmo representado alí não como algo definitivo, mas como uma troca de experiências.

E, sendo assim, vejo que, nesse ano de eleição, teremos que convencer tanto os candidatos a verem a arte como política de Estado, mas também a população como forma de libertação da alma que sempre está acorrentada por plataformas eleitorais ou planos de governo.

Essa é a pauta a ser garantida.




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