Em maio de 2012 o Teatro da Neura completou 8 anos de existência. Não foi fácil! Nunca foi fácil.
Talvez tenha sido louco, divertido, tenso, desesperador, empolgante, desconfiado, generoso, implacável, decepcionante, aliviador, sacado, persuasivo, esperançoso, apaixonante, lucrativo, prejudicial, injusto, justo, enriquecedor, surpreendente, previsível, solitário, coletivo demais, democrático demais... mas nunca foi fácil.
Talvez o grande barato é que não sabiamos que seria tudo isso. Acabamos descobrindo ao fazer e não ao pensar. Muitas vezes refletimos após os acontecidos e não necessariamente coletivamente. O exercício de pensar para além dos seus desejos pessoais exige um despreendimento que não é simples de conquistar.
Mas nem por isso desistimos. Seja lá o que tenha acontecido, há aqueles que preservam esse espírito coletivo e acreditam que somente assim se constrói algo que fica na e para a história.
Em 2012, ao celebrarmos essas sensações com a platéia, fizemos uma programação que refletiu demais esse momento interno; aliás, o Neurofobia sempre - consciente ou não - foi um fruto daquilo que estávamos pensando ou precisando no momento. Dessa vez, fizemos algo inédito: além de uma temporada de "A Menina da Cabeça de Bola", fizemos uma programação que incluiu workshops gratuitos e leitura dramática da nossa próxima estréia que será "O Velório" sob a dramaturgia e direção de Antonio Nicodemo.
Esse ineditismo a que me refiro é termos a coragem de assumirmos que ao longo dessa trajetória somos capazes de transmitir algumas experiências que apenas as fizemos internamente sem garantir a verdade absoluta. Os workshops serviram de aprendizado também para nós do grupo.
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