O Brasil, que vive o golpe institucional
dado em 2016, já mirou muita gente com o corte de investimentos na área da
saúde e educação, além da retirada dos direitos trabalhistas e execução de
ativistas sociais que reivindicam a conquista de direitos.
Mas, como sabemos, a cadela
do fascismo está sempre no cio e dessa vez os seus dentes estão sedentos para a
profissão artística. Depois dos “cidadãos de bem” exigirem a censura em
exposições em museus, performances artísticas e grupos de rua, parece que essa
atitude encontrou eco no poder judiciário.
Não bastou a censura
pontual. Era necessário mais.
A Procuradoria Geral da
União pretende enfraquecer, desmantelar e desqualificar o artista tirando a
obrigatoriedade do DRT como certificação de que aquilo que ele faz é sua
profissão. E aprofundar ainda mais as situações precárias que vários atores,
atrizes, músicos e técnicos tem que submeter ao longo de sua carreira para
conquistar seu ganha pão.
Em outras palavras,
perderemos os poucos direitos trabalhistas que uma carteira profissional ainda
oferece no Brasil.
Sob uma alegação pífia e de
total desconhecimento de como funciona a vida de um profissional da arte, sem
consultar os órgãos de representação de classe – Cooperativas, Sindicatos e
Associações – colocam na ordem do dia a ADPF
183 e 293 que causará mais subemprego, descaso, preconceito e abre caminhos
para um país mais medíocre que o atual.
Os tempos são sombrios, a
população está divida entre atônita e vingativa entre si e não restarão muitos
de nós ao fim disso. Mas até lá haverá luta e resistência
Não acabarão conosco.
A arte, o artista e a sua profissão – para aqueles que
a escolheram como tal – vai superar esse golpe como superou outros e vai
caminhar – torcemos – ao lado daqueles que percebem que esse país só vai pra frente
quando todos os direitos forem recolocados em seus devidos lugares e sua
população estiver livre do fascismo que insiste em arrancar a nossa pele!
Não a ADPF 183 e 293
Na época do PT lutávamos para ampliar nossos direitos.
ResponderExcluirApós o golpe lutamos para não perder os poucos direitos que nos restam.