sábado, 10 de abril de 2010

Paulista pega sotaque rápido


Um fenôemeno bem interessante acontece quando nós, paulistas, vamos a algum outro lugar desse país: pegamos o sotaque rapidamente. Tirando a coisa antropológica que deve explicar isso de uma menira bem mais a lá "Mundo de Beackman", quero me deixar a uma análise poética a partir da organização da delegação paulista na TEIA 2010.

Primeiro: estamos em Sâo Paulo, um Estado governado há pelo menos 20 anos pelos "responsabilidade pra que?" do PSDB, PFL, DEMo - é tudo a mesma coisa.

A partir daí, quase tudo é perdoado né. Afinal, mesmo que tenhamos brigado na Conferência Estadual de Cultura e depois brigado mais ainda para que os delegados eleitos lá fossem pra Conferência Nacional, ainda fraquejamos e deixamos algumas coisas mais complicadas por detalhes.

E essesdetalhes se deram quando fomos nosreunir para discutir as propostas do Estado para a TEIA 2010. Sem nenhuma organização prévia - aliás, pouca coisa que diz respeito aorganização das plenárias foi organizado - os grupos tiveram que se arrumar do jeito que dava.

Tudo bem, compreeendo a liberdade que se deve ter em ocasiões como essa, afinal somos todos jovens, tamo aí pra quebrar paradigmas e protocolos, mas também acho que a organização pode ajudar ainda mais pra que a liberdade de expressão e de ajustar pensamentos seja melhor aproveitada.

Infelizmente isso não aconteceu. Ficamos perdidos em meio a papéias que não chegavam, comissões que não fizeram seus papéis antes do encontro, metodologia inexistente e aí acabada ostrabalho com cópias de resoluções que já haviam sido pensadas na TEIA Estadual em Guarulhos. Um tempo perdido.

E aí a minha grande amiga Tuane Vieira me diz depois: se os Estados já se encontraram no seu lugar de origem e já tiraram resoluções, por que se encontrar novamente aqui em Fortaleza?

Bingoooooo!!!!!!!

Seja lá o que aconteceu, não aconteceu a organização paraque a conversa tivesse sido aproveitada. Ficamos perdidos em meio a documentos, aberturas de software livre e depois do Windows mesmo pra agilizar a coisa e uma conversa exaustiva no saguão do Hotel que levou a gente até as 24h mais ou menos pra decidir se mudávamos uma, duas, ou três palavras de um texto.

Depois, decidimos que não precisava mudar nada. Que já tava tudo bem obrigado vamos dormir.

E mais uma vez nós, filhos de um Estado pra poucos há anos, aprendemos que sabemos pouco, apesar de termos grandes acúmulos.

E assim levamos um pouco do nosso Estado pra Fortaleza. E Fortaleza nos deixou seu sotaque faceiro.

E ainda restava a penúltima fase: O encontro do grupo de trabalho de Artes Cênicas.

Será que deu caldo?

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