quinta-feira, 27 de maio de 2010

Lembranças de um tempo útil


Ao continuar a pensar na cultura de Suzano, vale lembrar que ela se inicia em 2005 no que tange a política cultural séria, mas havia coisas acontecendo bem antes disso. Uma resistência a esse pensamento atrasado na qual a cidade estava afundada por tantos anos.

Essa resistência se deu em várias esferas. Mas como me sinto um pouco mais a vontade de falar sobre as artes cênicas, tenho mas tranquilidade em falar que fazia tempo que esse espírito tomava conta da cidade.

De um lado se tinha os festivais competitivos que formavam torcidas de escola ao invés de formação de público - isso tanto na dança como no teatro. A única resistência eram as oficinas do Cleiton Pereira que conseguia aproveitar o poder criativo de seus alunos - e eram uns 100 pelo menos por turma - para construir peças que levavam o espectador - naquele tempo só de família dos atores - a um outro modo de perceber as peças.

Parece bobeira, mas havia alí uma semente que iria culminar numa das maiores forças da cidade em 2005: o movimento de teatro.

Quando chega 2005, com a gestão do prefeito Marcelo Candido(PT) uma política cultural começou rasgando e sem piedade. Mesmo sem dominar a máquina pública, foi usado a biblioteca municipal para a Mostra de Referências Teatrais: um evento sem competição que tinha duas funções básicas, ou seja, formação de público e acabar com o pensamento competitivo da arte.

Bingooo!!!

Mas seria injusto falar só do teatro. Penso aqui e acho bom fazer o efeito comparativo que já propus no texto anterior .


1) Criou-se 10 espaços culturais: Galpão das Artes, Casarão das Artes, Banca Biblioteca no centro (1ª no Brasil), Banca Biblioteca no terminal rodoviário, Espaço da Banda Lira, Centro Cultural Colorado, Centro Cultural Boa Vista, Pavilhão da Cultura Afro, Estúdio Público de Música e a Diretoria de Patrimônio Histórico.

1.1) Reformou-se o Auditório Armando de Ré que era uma vergonha e passou a ser um teatro acolhendo grandes espetáculos desde então e reformou ainda o centro cultural de Palmeiras.
Mais que criação e reforma de espaços, a população pode participar deles tendo um amplo acesso pois ua política de uso é uma política para o uso coletivo, não uma coisa burocrática que ninguém tem acesso.

2)Contratação de pessoas ligadas a área cultural
Ao invés de manter os burocratas incopetentes pra cuidar da cultura, desde o nome do secretário foi escolhido pelo seu envolvimento com a arte. E começa pelo Walmir Pinto que também soube escolher uma equipe completamente inexperiente na coisa pública, mas com uma vontade enorme em ajudar.

Divisão das ações em áreas culturais que todas, sem excessão, ao longo desse anos, foram reconhecidas e ganharam visibilidade Estadual e até internacional.

3) Tirando da mesmice a política Cultural do Alto Tietê
Com tantos avanços - e nem detalhei as coisas - o Alto Tietê teve que fazer alguma coisa. Teve que se mexer. Tudo bem que pouquissima coisa mudou, mas já se teve um pensamento diferenciado. Já é possível perceber que alguma cidade se preocupam em fazer uma Agenda Cultural como forma de democratização das informações. Tudo bem que tem cidades que nem tem política séria, mas tem agenda, e já é uma avanço.

Fora isso, Suzano é reconhecido pela sua política cultural inclusive pelos adversários políticos. E levando em consideração que a direita desse país é revanchista, facista e autoritária, é um furo de bloqueio enorme.

Agora, é complicado algumas coisas. Não se exporta política cultural. Ou os seus representantes optam pelo diálogo franco e que responda às demandas da cidade, ou simplesmente não tem.

Por mais que Suzano tenha se portado como a cidade mais importante nessa postura política, as cidades vizinhas não avançam porque tem prefeitos retrógrados, sem compromisso, incompetentes mesmo em lidar com a situação.

Porque é uma questão de escolha. E as escolhas que Suzano fez, foi a escolha em rumo a construção de uma cidade que respeita seus fazedores culturais, mesmo com todas as limitações que o serviço público tem.

E a escolha que a região do Alto Tietê faz, é a escolha retrógrada, de tratar sua população como idiotas. Aí não dá né amigo, num dá.

Que os resistentes, resistam. Acredito que bons frutos estão por vir. Porque algumas sementes já estão brotando.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Respeito é bom e a gente EXIGE!

E mail enviado pelo diretor da Cia do Escândalo e repassado por mim. Por favor divulguem a palhaçada e vamos prestigiar a nova apresentação! Segue.

Amigos artistas!

Infelizmente, nós da Cia do Escândalo não podemos dizer que tivemos uma boa experiência na Virada Cultural Paulista em Mogi das Cruzes.

Nosso espetáculo “Intolerância”, programado e divulgado em todo o material da Virada Cultural Paulista de Mogi das Cruzes e por toda a mídia local para ser apresentado domingo, dia 23, às 16h30, no Casarão do Carmo, foi sumariamente transferido para a Praça do Carmo. Fomo avisados na sexta-feira, no início da noite e, apesar de todas as argumentações feitas por nós, a organização foi irredutível e nos impôs a apresentação na praça. Chegamos, inclusive, a oferecer um outro espaço, adequado, para a apresentação, mas a resposta foi taxativa: O local é a praça.

Nosso espetáculo não é de rua e usa detalhes de luz e som que não pudemos usar no novo local. E havia sido confirmado e programado há mais de 02 meses para ser apresentado no Casarão do Carmo.

Cabe ressaltar que ontem, no momento de nossa apresentação, o Casarão do Carmo não contava com absolutamente nenhuma atividade, conforme constatado por nós e por funcionários da Secretaria de Cultura e da organização da Virada que estavam presentes no momento. Fizemos inclusive registros fotográficos do Casarão no momento descrito.

Ainda assim, fizemos a apresentação NA PRAÇA, sem a estrutura necessária, em consideração ao público que já estava avisado, convidado e presente.

Quem compareceu ao local viu o “Intolerância” sem a estrutura de som e luz necessária ao espetáculo e prometida pela organização do evento e pela Secretaria Municipal de Cultura. Também estivemos sujeitos a todo tipo de interferência e ruídos da rua, inclusive a organização do evento desmontando a estrutura de som e luz que estava no palco, destinado apenas às atrações musicais. Além disso, não nos foi confirmada a existência de acomodação (cadeiras ou assentos) para a platéia do espetáculo que tem a duração de 70 minutos. O público se assentou no chão de paralelepípedos da praça, onde os atores da Cia do Escândalo, descalços, também fizeram sua apresentação.

Ao final, convidamos o público que compareceu à apresentação para assistir a uma nova apresentação, GRATUITA, de nosso espetáculo, com todos os recursos necessários (e prometidos!), na quarta-feira, 26.05, às 21h30, no Galpão Arthur Netto, em Mogi.

E convidamos, agora, também vocês para compartilhar dessa apresentação de nosso espetáculo.

Lembro que nosso grupo completa 15 anos de atividades teatrais ininterruptas esse ano e que em muitos lugares do Brasil, por muitas vezes, já representamos o teatro, a arte e cultura de nossa cidade com muita seriedade e profissionalismo.

Criamos nossos espetáculos porque acreditamos que nossa arte tem um propósito e nos dedicamos ao máximo por isso. E achamos que o público tem o direito de assistir o espetáculo verdadeiro, da maneira como ele foi concebido. Por respeito ao artista e sobretudo ao próprio público, que é quem paga pela Virada e pelas atividades culturais propiciadas pelo poder público.

Deixamos aqui, então, nosso protesto e nossa indignação pelo ocorrido.

Para qualquer informação, ficamos a disposição.

Saudações a todos os artistas!

Manoel Mesquita Junior

Cia do Escândalo

24 horas de exercício de paciência


Não dá mais pra suportar. Tá complicado.

Minha tolerância está cada vez menor quanto a algumas coisas.

Estive na Virada Cultural Paulista em Mogi das Cruzes (dia 22/23 de maio) onde atrações bem bacanas apareceram e vi coisas bem legais e outras com o carimbo característico do Governo do Estado de Sâo Paulo - lê-se, incompetência revestida de muita luz e "efeito espetáculo".

Pois então veja. Qual é a dinâmica básica de um evento como o da Virada Cultural? O Estado de Sâo Paulo banca os grandes eventos - shows, peças de teatro geralmente vindos de outras regiões ou até mesmo de outros países - e o município que recebe a Virada banca os grupos locais.

Aqui em Mogi foi uma coisa bem interessante. Entender como é que eles pensam grandes eventos com grandes multidões, ou seja, respeito total aos grandes eventos e pouca coisa que se respeite com os locais.

E tomo as dores aqui da Cia do Escândalo de ter sido desrespeitada e, pior que isso, a organização do evento ter desrespeitado uma apresentação que estava marcada de um jeito e que, sumariamente, foi mudada sem considerar as necessidades técnicas e até de acomodação para a platéia - isso sem falar de mudar as regras do jogo no meio da partida.

Mas é bem a cara do evento mesmo. Tudo não pode, só pode o que o Estado autoritário de José Serra (PSDB, DEMo, PFL - é tudo a mesma coisa) quer. E aí fica assim.

Segurança em porta de teatro, desorganização pra acomodar a platéia, atrasos na programação por conta de sei lá o que - afinal é de graça né, vc que se vira -, sensação de que muita gente junta dá me confusão e assim somos obrigados a ver a resistência de artistas locais que tentam capitalizar esse grande evento pra ver se tem um pouco mais de visibilidade.

Ai ai. Nem quero mais escrever. Apesar da vontade de arrebentar mais uma vez com essa postura irresponsável, tenho que me solidarizar com o pessoal da Cia do Escândalo, com o Wilson CAetano que teve que apresentar Hamlet COM O BANNER DA VIRADA COMO PARTE DO CENÁRIO!!!!!!!!!, com a populaçãoque era enganada e barrada em entrar no teatro não sei por que, com palcos bacanas onde os músicos dignamente tentaram mostrar seu trabalho para os abnegados que lá estava pra curtir o evento.

Ai ai. Esse Estado e essa forma autoritária de lidar com coisas que desconhecem, me deixa bem desanimado.

Mas vamos lá.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Lembranças de um tempo inútil


Há um assunto importante a ser tratado e que ainda não foi tocado nesse singelo blog que é o espaço onde as coisas acontecem - obviamente ligado a cultura - , os avanços que Suzano teve nos últimos anos e o quanto que isso não é algo isolado e sim uma postura de pensamento em sentido parecido.

E aí entra num ponto simples: o antes e o depois.

Gosto disso, porque as pessoas geralmente esquecem rápido quem nos ferra e nos sacaneia. E na política cultural, não podemos esquecer, porque eles podem melhorar em muita coisa, mas na área da cultura geralmente eles pioram.

E em Suzano tivemos a chance de vivermos esses dois momentos de forma clara - experiência única na região do Alto Tietê por enquanto.

Até 2005 Suzano era uma cidade morta culturalmente. Não que seu povo não estivesse criando suas coisas alí, no pequeno, mas não havia empenho em construir um pensamento diversificado para a cidade. Pra variar, seus antigos prefeitos - a maioria deles foi o sr Estevan Galvão do PSDB, DEMo, PFL - é tudo a mesma coisa - não fazia nada para que essas manifestações acontecessem.

Era um tal de festa disso, festa daquilo e o Centro Cultural realizava festas privês - testemunhados por mim mesmo - regados a wisky, vodka, e outros quitutes onde nós, probres mortais não tínhamos acesso.

Mas há dados mais interessantes que devem ser refrescados.

1 - Havia apenas 2 espaços culturais:
a) Centro Cultural onde fechava as portas as 16h30 de segunda a sexta - incluindo biblioteca - sem oficinas no período noturno - com a rara excessão do teatro que, tendo o Cleiton Pereira como orientador, sempre tentou romper a barreira preconceituosa e pequena dessas administrações;
b) Auditório Armando de Ré que era um espaço sucateado, com a fiação completamente irregular, equipamento detonado, ou seja, uma vergonha para qualquer administração decente.

Sem política pública qualquer, vivia de eventos sem nenhum comprometimento com a qualidade de comprometimento e participação de artistas locais. Afinal, ninguém fazia nada e éramos "de Suzano"oras, não temos essa competência!

2 - Sem quadros ligados a cultura na Administração
a) Eram burocratacas. Cerca de 80 funcionários e apenas 5 contratados como orientadores;

b) Com "toda essa gente", só dava pra atender cerca de 200 ou 300 pessoas em oficinas;

c) Sem projetos continuados, a Secretaria vivia da política do balcão, ou seja, se você for amigo do pessoal consegue, caso contrário "não temos orçamento para esse projeto".

3 - Seguia a mesmice que existe no Alto Tietê
a) Suzano era uma cidade igual as outras. Sem projetos, sem políticas públicas para cultura, com a classe desorganizada e fraca e completamente depedente do poder público para fazer suas poucas atividades.

b) Resistência aqui e acolá. Mas na base da porrada velada e das conquistas que achamos que nunca conseguiríamos. vivíamos no sonho e não na realidade.

Poderia citar outros itens bem interessantes. Mas pra você não desistir de ler acho que essa postagem servirá pra colocar a memória minimamente no lugar. Se caso você estiver vivendo coisa parecida na sua cidade, relaxe: já passamos por isso.

O que interessa é no que se transformou a cidade a partir de 2005.
Mas isso é pra já já.

sábado, 8 de maio de 2010

Mês cheio para o Teatro da Neura


Esse mês promete para o Teatro da Neura.

Estaremos com várias atividades que, desde começo de abril nos consome deveras.

Hoje, 08 de maio vamos apresentar a música "Um Ahan Pela Vida" que pretende, antes de mais nada experimentar um atividade que sempre fazemos entre nós e que, a cada dia que passa está mais nos tomando em encontros restritos que é a música. então, para quem estiver hyoje no Centro Cultural, poderá ver essa nova empreitada do grupo.

Mas não acaba aí.

Dia 18 estaremos lançando um coquetel de abertura do Neurofobia com a instalação 2109. Uma proposta do grupo de mostrar seu repertório não somente artístico, mas pessoal também uma vez que as obras pretendem ser interativas. Uma nova empreitada para o grupo que está mexendo com todos de forma complexa, mas divertida. Apareçam no Centro Cultural de Suzano e prestigiem a exposição. Será a partir das 20h de graça!

Fora isso ainda teremos dois artistas muito legais que estarão conversando conosco ainda pelo Neurofobia: Rogério Toscano (dia 25) e Bete Dorgan (dia 26) para falar de experiências e outras coisinhas legais.

E estrearemos o espetáculo Vidros no Galpão Arthur Netto. Para quem não sabe, foi justamente o Manoel Junioor, diretor da Cia. do Escândalo e um dos gestores do Galpão que motivou o grupo a remontar esse espetáculo que tanto adoramos mas que nos dá um trabalho enorme. Iniciamos com a parceria de grandes atores e amigos e estamos bem animados com a possibilidade dessa reestréia.

Bem, mês cheio. Mas será muito legal. Contamos com aqueles que tiverem tempo e disposição para estarem conosco.

Mas marca na agenda. Estréia no dia 05 de junho em Mogi das Cruzes. Em breve faremos a divulgação completa.

Vai ser daquele jeito.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Vivemos a palhaçada do Pão e Circo



São Paulo é um Estado conservador.
Essa afirmativa não é solta.
Tem respaldo na forma de como esse Estado cresceu e seu povo foi-se construindo. Sem projeto nenhum sua população foi deixada pra trás. Sem Plano Diretor cumprido, a região, que poderia ser referência mundial perde por falta de uma coisa que somente vimos acontecer no Brasil com o governo Lula - doe a quem doer - que foi sua auto estima.

Lula foi considerado como um dos políticos mais influentes do mundo! Isso quem disse não foi nenhuma revista de esquerda não. Foi a revista Times.

E só em São Paulo se olhou com cara feia! Poderia aqui dizer sobre outros pontos importantes, mas tenho que levantar a reflexão que, fora a educação que deixa todos os anos milhões de jovens semi analfabetos nas ruas por falta de uma política educacional decente, na área cultural, tanto o cidadão, como o artista é um mero joguete nas mãos da política que o PSDB, DEmo, PFL - é tudo a mesma coisa - nos impõe há anos.

Para tal é importante levantar alguns dados:

Infra-Estrutura
a - Cerca de 20% dos municípios possuem teatros:
84% deles com mais de 200 mil habitantes
90% dos municípios com até 20 mil habitantes não os possuem.

b - Há cooperação técnica nas áreas de cultura, turismo e comunicação em apenas 6% dos municípios

c - Apenas 15% das cidades do Estado de São Paulo possuem algum órgão municipal voltado para a preservação do patrimônio histórico, artístico, arquitetônico, arqueológico e turístico

d - Poucos municípios possuem cinema: apenas 11% do total. A parcela da população que tem acesso a cinemas em seu município é de 65%.

e - 37% dos municípios paulistas possuem Centro de Cultura (79% dos municípios reside a maioria da população paulista). Na região metropolitana chega a 90% a parcela da população que vive em cidades que dispõem desse equipamento.

Dentre outras coisas.

Fundo Estadual de Cultura substituído pelo Programa de Ação Cultural – PROAC
Como exemplo, podemos citar o fato de que o Projeto de Lei da Assembléia Legislativa de Estabelecer o Fundo Estadual de Cultura (Lei do Deputado Vicente Candido - PT), de prever recursos da ordem de R$ 130 milhões a serem incorporados na Cultura, enquanto na proposta orçamentária de 2007 o governo disponibilizou apenas R$ 10 milhões de reais para o PROAC.


Assim são os tucanos, a teoria na prática é outra.

A proposta projetava para o Fundo Estadual de Cultura entre 20 e 25% do valor orçamentário da Secretaria da Cultura, ao passo que, o Programa de Ação Cultural do governo tucano tem oferecido nas propostas orçamentárias, entre 2,5 e 3% do valor orçamentário da Secretaria.


Atuação das Organizações Sociais – redução do número de funcionários
Todo mundo sabe que o PSDB, DEMo, PFL - é tudo a mesma coisa - prega que o Estado deve fazer o mínimo, se comprometer com quase nada para assim não ter responsabilidade por qualquer coisa que seja. Pois é. Na Cultura não foi diferente.

A redução do número de funcionários da Secretaria sinalizou para a criação de organizações sociais contratadas pelo Estado, para gerenciar equipamentos e prestar serviço público em forma de terceirização.

É importante destacar que seis ações, a saber: Centro de Estudos Musicais Tom Jobim – Conservatório de Tatuí – Projeto Guri – Oficinas Culturais – São Paulo Companhia de Dança e Fábricas de Cultura se encontram nas mãos das Organizações Sociais.

No entanto, a ação “Construção de Centros Fábricas de Cultura” que tem o financiamento do BIRD, estava orçada em R$ 41.913.000,00 e teve o empenho e a liquidação de apenas R$ 1.538.543,00. Essas ações são executadas por Associações dos Amigos.......do governador!!!


Investimentos nos grandes municípios e na região metropolitana da capital
A grande concentração de obras de restauro e revitalização está na capital, como o Teatro São Pedro, o Memorial do Imigrante, a Pinacoteca do Estado, a Estação Júlio Prestes e outros.

É evidente que essas obras são importantes, mas a sua realização se baseou no critério exclusivo da visibilidade do Governo, desconsiderando uma política que articule a questão do patrimônio, em que o interior do Estado também participe da construção da memória paulista.

Certamente, o impacto da visibilidade supera em muito o interesse social e cultural dessas obras, cujos valores custaram caro aos cofres públicos.
Para que não fique aqui falando ainda da Virada Cultural Paulista - que é um evento que mascara a falta de investimentos verdadeiros me políticas culturais, orçamentos da Secretaria - nunca passa de 0,55% - As ongs e tudo mais e, principalmente, não faça um comparativo com o Governo Lula, acho que é bom avaliarmos que há sim uma diferença brutal de projetos em andamento nesse país.

Um, que toma conta daquilo que é público que são seus artistas, suas obras, suas manifestações, seu público e outro que toma conta daquilo que lhe convém e faz a política do "pão e circo" para o povo paulista, desprezando sua capacidade criadora e seu diálogo franco com seu povo.