terça-feira, 24 de dezembro de 2013

UM BALANÇO MEIA BOCA DE UMA GESTÃO MEIA BOCA



Quem sou eu para fazer uma avaliação da gestão da Secretaria Municipal de Cultura de Suzano em 2013?
Eu mesmo respondo: ninguém importante. Então me sinto a vontade em dar a minha singela opinião para os raros que acabam acessando e tentando ler até o fim os simplórios textos que escrevo aqui.


Já fiz análise sobre os erros cometidos na gestão anterior e que culminou no desmonte das políticas culturais nessa gestão, portanto não me atentarei mais nisso. Também, pelo menos agora, não avaliarei a prática dessa gestão entendendo que isso merece um outro texto mais pontual. Em janeiro estará por aqui. Tentemos então contextualizar o texto e onde chegamos.

O PASSADO
Na época dos ex- secretários Ticão, Guilalmon (não sei se é assim que se escreve) - época em que comecei a frequentar a cidade com maior frequência - nada era feito. Só as tradicionais mega-festas para a população e as festas privês regadas a wisky, quitutes e serviços de buffês com a entrada restrita aos amigos do rei na Biblioteca Municipal de Suzano.
Isso ninguém me disse, eu vi!

No máximo 200 vagas abertas para as tradicionais oficinas culturais em espaços improvisados com raros profissionais contratados para isso. Talvez uns 6, 7? Talvez menos. Ninguém reclamava porque nunca haviam visto nada diferente disso. Quando pedíamos o então Auditório (hoje Teatro) Municipal Dr. Armando de Ré, a administração daquela época não cobrava taxa: pedia papel higiênico, material de limpeza, papel sulfite, etc como forma de pagamento, já que, ao que consta, a Prefeitura não investia nesses itens.
Isso ninguém me contou: eu vi!


O PASSADO PRESENTE
Na troca de gestão em 2005 a mudança foi radical. Mas não falarei nisso. Você que está lendo, sabe exatamente como era, o que era oferecido, a diversidade e tudo mais. Mesmo com os erros, algo era feito. Não que houvesse nada genial, mas é que tudo passou a ser novidade, então criou um grande impacto no panorama cultural da cidade. Os reconhecimentos são notórios e por isso não vou ficar aqui detalhando.

Então coube a essa gestão fazer a diferença naquilo que já havia sido construído. Afinal, críticas da direita não faltavam. Era esperado o que seria feito com as críticas e propostas que constam no Plano de Governo do então candidato eleito Paulo Tokuzumi - PSDB (que, diga-se de passagem estava bem simples na execução).

O Secretário que estava por tomar conta de uma das Secretarias mais importantes do Alto Tietê não fez processo de transição (isso ninguém me falou porque eu vi.) Apareceu lá pelos fins de dezembro de 2012, fez uma perguntas e conversas de no máximo 3 horas com a então secretária Rita Paiva e pronto, foi curtir as festas de fim de ano.

Até aí tudo bem. Esperava-se que tivesse feito o trabalho de casa. Afinal tinha um Plano de Governo a ser colocado em prática e é impossível concluir qualquer Plano de Governo sem apoio da população e seus agentes, muito menos sem estudar cuidadosamente a cidade.

Porque não se engane amigo leitor: não é porque você mora numa cidade há décadas que você a conhece. (Mas quem sou eu para acreditar num troço desses mesmo?).


AS EXPLICAÇÕES PRÉVIAS
Não sou muito craque em acompanhar entrevistas, mas me lembro que o atual secretário foi um dos raros da região a ceder 2 entrevistas para a TV Mogi News (23/01 e 07/03). Não por ele ser gênio mas pelo fato da região entender que ele estava a frente de uma secretaria referência. Então havia uma certa curiosidade em saber como seria esse "novo olhar" para a Cultura em Suzano.

Primeira Entrevista dia 23/01
Ao ser questionado sobre ações que seria colocada em prática, não soube responder. Simples assim. Perguntavam uma coisa e ele respondia outra, evasiva, subjetiva e em alguns pontos com clara sensação de reproduzir discurso pronto escrito em sulfite. Apesar da insistência dos jornalistas em arrancar algo de concreto, só recebiam respostas líquidas. O mais de concreto que houve foi a intenção de conveniar com a iniciativa privada para realização de projetos de continuidade (coisa praticamente impossível) e meter o pau nos Pontos de Cultura como se ele soubesse do que se trata. Sem falar que o "encontro e o choque de ideias" nunca houve. Ah, e agradeço pelo teatro revolucionário. Mas vai ver eu sou sem noção. De qualquer forma, segue o link:

> 1ª entrevista : http://www.tvmoginews.com.br/manhanews/index.php?video=32678

Segunda Entrevista dia 07/03
Nessa entrevista chama-se, como voto de confiança, o representante da Secretaria de Cultura de Suzano para explicar sobre o projeto do Ministério da Cultura chamado de Vale Cultura. E aí é simples amigo leitor. Convido você a colocar no google a pesquisa "Vale Cultura" e pronto. Alí você vai achar todas as informações que precisa. Nada complexo. Mas na entrevista é notório o desconforto sobre o Programa do Governo Federal. Ficou na linha da opinião pessoal e não de gestão. Eu, que não sou terapeuta nem nada - apenas um réles atorzinho de quinta - percebo um suave desejo em ser Secretário de Educação uma vez que suas ideias são sempre voltadas para escolas e crianças e teatro nas escolas. Mas tudo bem. Pode ser que esteja eu mal humorado. Caso você tenha tempo:

>; 2ª entrevista: http://www.tvmoginews.com.br/manhanews/index.php?video=35298&pag=


E AÍ VIERAM AS AÇÕES
Ao mesmo tempo que nada acontecia, a única coisa que se ouvia da boca da atual gestão era o famoso "não temos dinheiro", "não temos dinheiro", "não temos dinheiro" seguido do "a culpa é da gestão anterior", "a culpa é da gestão anterior", "a culpa é da gestão anterior".

Tudo bem. Mas uma hora algo deveria acontecer. Afinal, havia um logo de campanha dizendo "Suzano vai voltar a ser feliz" ou "Suzano vai Crescer". Então uma hora teria que haver alguma ação desse sentido.

Aos poucos as coisas foram acontecendo. E logo no começo efetuou o que os políticos chamam de "choque de gestão":

- Voltou com um tal de desfile cívico como se estivéssemos na década de 70. Manja essa época?;

- Desativou o Galpão das Artes - tradicional espaço de apresentações teatrais da cidade que recebeu espetáculos de vários lugares do Brasil e do mundo além de acolher produções locais e regionais com ampla participação da população e da classe artística - sem propor e nem colocar nada em troca;

- Não sabia como resolver a contratação dos oficineiros - que foi resolvida lá pelos idos de maio com uma empresa que ninguém nunca tinha ouvido falar (nem o próprio secretário), que ganhou 2 milhões e lá vai pedrada (!!!!!!!!!!!!!) para também circular com uma Planetário Móvel (!!!!!!!!!!!!!), empresa essa que nem tem sede em Suzano (!!!!!!!!!!!) e que teve que fazer alguns ajustes, segundo o Ministério Público ou algo que o valha, porque não estava cumprindo questões trabalhistas e jurídicas (!!!!!!!!!!!!!). Vale ressaltar que não sou contra empresa com sede em outra cidade efetuar seus trabalhos na cidade. É porque o que mais ouvia de crítica da gestão anterior era a invasão de "forastas". Estranho pra mim são os valores, o serviço e a forma que foi feito;

- Nunca estabeleceu diálogo com qualquer artista ou classe artística. Pelo contrário, perseguiu e se afastou de qualquer relação dessa natureza. Principalmente se esse artista ou grupo teve ações ou relações nos últimos 8 anos na cidade como se fossem terroristas comunistas da década de 70. Manja essa época?;

- Não iniciou o processo de implementação do Conselho Municipal de Cultura e Fundo Municipal de Cultura para seu ingresso no Sistema Nacional de Cultura perdendo assim a possibilidade de ganhar recursos direto no Ministério da Cultura. Para uma gestão que sempre disse que não tem dinheiro pra nada, é no mínimo estranho não se empenhar em captar outras fontes de renda;

- Ao invés de fazer a Conferência Municipal de Cultura, colocou-se como distrito de Mogi das Cruzes (coisa de 70 anos atrás) e fez lá a Conferência Intermunicipal. Detalhe: até Mogi das Cruzes fez sua Conferência Municipal. Para aqueles que insistiram em fazer a Conferência - e fizeram - aqui na cidade, mais perseguição, travamento de diálogo e atitudes nos bastidores de desmonte desses artistas;

- Todos os projetos culturais da gestão anterior foram completamente riscados da nova gestão. Não que tivesse obrigação em fazer as mesmas coisas mas também nada em troca foi proposto ou levado a cabo. A única ação que aconteceu foi a 9ª Mostra de Referências Teatrais. Apesar do Secretário espalhar que tudo foi corrido, é bom lembrar que foi um processo em andamento desde o início do ano. A sua inoperância em firmar parceria com o importante evento forçou a organização da Mostra a procurar outros agentes públicos para realizar o evento. Graças a esses agentes é que a Mostra aconteceu. Esse mérito, me desculpem, nunca darei ao secretário. Ele sabe e os agentes que ajudaram sabem.

Para quem não tem paciência em ler tudo isso, coloco abaixo uma tabela demonstrativa. Assim, pode ajudar na reflexão que, repito, pode estar sendo completamente equivocada. Com o título: "Todo Cidadão Tem Direito a Cultura", segue os encaminhamentos do Prefeito eleito para o secretário:



AÇÃO DA SECRETARIA DE CULTURA EM 2013 NA GESTÃO DO SECRETÁRIO SUAMI DE AZEVEDO




Fechamento do Galpão das Artes, desarticulação do Estúdio Público de Cinema, Estúdio Público de Música, Pavilhão Afro Zumbi dos Palmares e as Bancas Bibliotecas
- Garantir a manutenção, melhoria e funcionamento dos espaços culturais já instalados na cidade;

- Criar o Centro de Apoio Cultural para artistas, produtores e aos diversos agentes e organizações que trabalham no âmbito da cultura no município;

- Construir o “Complexo Cultural e Educacional” com biblioteca, museu, cineclubes, lan house e espaços para exposições, estúdios e eventos culturais






Espaços Culturais fechados de segunda a sexta a partir das 17h, aos fins de semana e feriados.
- Garantir a manutenção, melhoria e funcionamento dos espaços culturais já instalados na cidade;

- Criar o Centro de Apoio Cultural para artistas, produtores e aos diversos agentes e organizações que trabalham no âmbito da cultura no município;

- Construir o “Complexo Cultural e Educacional” com biblioteca, museu, cineclubes, lan house e espaços para exposições, estúdios e eventos culturais


Contratação de empresa com ação em Mogi das Cruzes para a circulação de um Planetário Móvel (!!!!!) e oficineiros


Valorizar as Associações Culturais, artistas da cidade e iniciativas das comunidades


Diálogo precário e/ou inexistente com artistas locais organizados

Valorizar as Associações Culturais, artistas da cidade e iniciativas das comunidades


Não fez a Conferência Municipal de Cultura, levando Suzano a condição de distrito de Mogi das Cruzes depois de quase 70 anos

Valorizar as Associações Culturais, artistas da cidade e iniciativas das comunidades


Sem Conselho Municipal de Cultura,
Sem Fundo municipal de Cultura,
Sem inserção de Suzano no Plano Nacional de Cultura


Apoiar e garantir o funcionamento do Conselho Municipal da Cultura





Não realizar o 4 º Festival Suzanense da Canção, a 5ª Mostra Juvenil de Artes Cênicas, o 9º Concurso Literário, 7º Panetone Cênico de Suzano, a 6ª Roda de Todos os Santos e por aí vai...

- Manter e ampliar as festas tradicionais, culturais e folclóricas da cidade;

 - Promover ações e projetos que permitam a preservação, produção e difusão das diversas manifestações culturais;

- Instituir diversos Prêmios Municipais e entrada gratuita nos Festivais e Mostras Culturais


Não apoiar a 9ª Mostra de Referências Teatrais de Suzano com o Patrocínio da Petrobrás

Manter e ampliar as festas tradicionais, culturais e folclóricas da cidade;

 - Promover ações e projetos que permitam a preservação, produção e difusão das diversas manifestações culturais


Não sei a quantas anda mas devem ter feito algo

Criar a Escola Instrumental de Música e o Coral Municipal de Suzano



Não sei a quantas anda.
Provavelmente porque não anda.
Provavelmente não servirá de muita coisa quando ou se tiver.



Criar uma Ferramenta Virtual para “Cadastro de novos talentos”, para inclusão, divulgação e apresentações nos eventos promovidos pela administração.



SONHO PARA 2014: O QUE ESPERAR?

Espera-se mais diálogo
Artista é bicho difícil mas também adora conversar porque acredita que somente assim se constrói uma boa política pública. Estabelecer uma postura de perseguição, isolamento, enfraquecimento não vai conseguir fazer artista parar de criar: estamos habituados com esse tipo de atitude. Na maior parte da nossa carreira é o que mais vivenciamos e nunca paramos de fazer, criar, propor.
Impossível para qualquer gestão avançar sem constante diálogo qualitativo.
Por mais que um gestor esteja ciente do que é necessário fazer, fóruns constantes e setoriais são ferramentas imprescindíveis para políticas modernas.

Espera-se mais política pública
A experiência de gestor público executivo é um presente. Sei disso porque passei por essa experiência. Aprendi demais, ouvi muito e também me frustrei. Mas, acima de tudo, aprendi. Então acredito que política pública é a capacidade que temos de negociar a partir das nossas limitações. É assumir as limitações e avançar junto. Se não for assim é autoritarismo, vaidade, ego. Sendo assim e levando em conta que nas entrevistas acima mencionadas é falado mais de uma vez sobre "políticas públicas permanentes", é fundamental que elas estejam ligadas ao que há de mais moderno nos investimentos e demandas em Suzano e no Brasil.
Suzano não é uma ilha. Não é auto suficiente. Não é um troço isolado. Sua população vê coisas, aprende, troca, reflete. Suzano não é blasê. Ela é uma cidade aberta desde que essa abertura seja franca.
Assim, uma política pública, ao meu ver - eu que não sou muita coisa, repito - deve partir dessa premissa. Se não partir, não segue...afunda com os furos no barco sem ter ninguém para ajudar a tapar os buracos que sempre aparecem.

Espera-se mais ação

Não adianta reclamar. Gestor não pode ficar reclamando, choramingando pelos cantos por falta de dinheiro. Tem que lutar por mais investimentos no setor pra dentro do governo. Se é a minha profissão e se eu acredito nela, então a luta é constante. Ao mesmo tempo, é fundamental estar ligado a editais públicos e conquistar essas verbas para a cidade. 
Ou se acredita nos artistas que tem ou então não está preparado para o cargo. Se não consegue lidar com o diferente faz-se o que? Vai pro cantinho e chora?
Não! Procura saídas, procura aprender, procura, procura, erra, procura, acerta, acerta, procura, conversa, erra, erra, leva críticas, acerta...

O tempo é Curto

Essa gestão tem apenas mais 3 anos. Parece muito, mas não é. Para política públicas sérias não é. Para eventos e o que vem acontecendo é tempo demais. Mas para se fazer algo realmente duradouro, é pouco tempo. Então é imprescindível colocar em prática seja lá o que a Secretaria de Cultura tiver em mente. Uma vez que nem o Plano de Governo está sendo colocado em prática, só tenho dúvida qual é esse "novo olhar" que o atual Secretário disse em entrevistas.

Porque até agora o novo olhar ainda não abriu o olho.
Mas a população e os artistas estão com os dois olhos bem abertos.

Mas quem sou eu não é mesmo?

Boas festas e que em 2014 a gente consiga falar de cultura além de Copa do Mundo e Eleições.

11 comentários:

  1. Putz pode crer cidão, essa cidade está horrível, desde fecharem pontos culturais as 17:00 até fecharem galpão das artes, e não fazer nada com aquele espaço, deixar uma placa vergonhosa de aluga-se, puxar o olhar de uma população que via aquele espaço com outros olhos. E quem é você? Um cara de ideias e interesses, sem medo de expor seus pensamentos. Que fez um texto muito inteligente e inspirador, pena que são poucos os que irão lê-lo, mas se conseguir mover um pensamento sequer já valeu muito apena

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    1. Estamos todos na batalha Michel. Fazer com que a maioria dos cidadãos de Suzano e região fique sabendo dessas coisas é missão constante.

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  2. que texto brilhante! li com gosto e concordo plenamente, parabéns!

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  3. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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    1. Não pelo texto, mas por ser anônimo.
      Dê-se ao trabalho ao menos de montar um fake.

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  4. algo me diz q 2014 será ainda pior em relação a isto (pq largas faixas de território em torno da ilha certamente prosperarão e, aos pobres mortais q idealizam alguma luz no fim do túnel - talvez seja o brilho de algum tesouro ao fim e ao cabo do rastro do tatuzão nos intestinos superfaturados de SP - restará apenas a nostalgia de algo q ñ teve força para permanecer, perigando deixar de existir em um futuro nem tão remoto assim). de qq modo, fico feliz q vc tenha escrito isto, Cidão. principalmente nestes tempos retrôs de perseguição. penso q seremos definitiva e irreversivelmente excomungados, mas meu coração está tranquilo. até pq ñ é bom nem ser pisoteado por ninguém e tampouco ser marionete de alguém - no final das contas, os fudidos continuam fudidos do mesmo jeito e quem belisca a parte de cima vai continuar gargalhando e fazendo seu caixa sem qualquer escrúpulo. então... a boa do momento me parece ser de fato tocar o foda-se. mas estou aí. de modo q vc sabe q pode contar comigo, mano.

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    1. A vida está dura para os sonhadores do mundo de pedra.
      Mas insistiremos porque não há outra opção

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  5. Suzano está largada! Precisamos fazer alfo Fernandes! Sou professora, precisamos mobilizar a comunidade!na gestão anterior não tenho que reclamar da pasta "Cultura",p pois até meus alunos foram beneficiados em todos os projetos! Por onde começar? Também quero a mudança da minha cidade, que infelizmente não tenho orgulho! Abraços sinalizados!

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  6. Cidão, na parte dos fechamentos dos espaços culturais faltou citar as bancas bibliotecas do terminal de ônibus e do paço municipal, que pra gente da literatura doeu e tá engasgado até agora.

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    1. Verdade Sacolinha.
      Hoje mesmo incluo mais essa ação.
      Foram tantos os desmontes que acaba esquecendo algum.

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