O Teatro da Neura estreia seu 14º espetáculo, “O Menino Gigante”, depois de 3 anos da estreia de “O Velório”, até então sua última produção. De lá pra cá muita coisa aconteceu e aprendemos que não há valor maior a nossa trajetória do que aquilo que fazemos quando acreditamos nos que construímos ao longo desses 12 anos.
Sempre que estreamos uma peça nova lembramos qual o nosso ofício, porque escolhemos essa profissão e o compromisso com a qualidade que cada vez mais nos exigimos como uma forma de nos deleitar com a coletivo e onde a apresentação é o resultado de um esforço para que tudo dê certo.
Há um ingrediente que vai colorir ainda mais essa temporada de agosto de “O Menino Gigante”: é a primeira estreia na nossa sede. Para nós tudo tem certo valor simbólico porque a todo momento significamos a realidade para além daquilo que normalmente costumamos ver. Então, ao estrearmos essa temporada no Espaço N de Arte e Cultura, solidificamos o etéreo e o tão forte efêmero que o teatro carrega.
Produzimos porque nos entendemos assim. Ensaiamos tudo o que podemos porque entendemos que foi pra isso que nascemos. Ocupamos todos os nossos tempos vagos do mundo cão pra fazer teatro porque acreditamos nisso como a nossa missão de troca, de aprendizado sobre as pessoas e a vida, o visível e o invisível. Apresentamos ao público tudo que fazemos porque temos certeza que o teatro só se completa com a presença dele, só se transforma e avança com os aplausos, vaias, interesse e sumiço das pessoas nas cadeiras de um espaço cênico.
Somos gratos ao fato de estarmos em Suzano, de a partir daqui conseguirmos atrair e sermos atraídos para os cantos mais belos e as pessoas mais especiais que pudemos encontrar até agora e de termos sempre a atenção das pessoas da cidade e em volta dela.
Fazer arte no Brasil não é ofício fácil mas ter um carinho cada vez maior de todo mundo que vem frequentando e, por isso, coautores das coisas na nossa sede, é um motivo de orgulho que batemos no peito e mostramos com afeto pra todo mundo. Ostentamos carinho porque só ostentamos aquilo que temos mesmo.
Portanto meus lindos, que fique registrado nesse humilde blog do Teatro da Neura que agosto é dia do abraço mais gostoso, do sorriso mais meigo, do beijo mais saboroso, dos cheiros mais marcantes, dos “ois” mais esperados, dos ”tchaus” mais gratificantes, das visões mais deslumbrantes e das lembranças mais coloridas e vivas que teremos para oferecer e trocar.
Esse mundo pode estar cão, mas não precisa ser cão!
Vem ver nóis Dionisio!!!
Cartaz
Cauê Drumond
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