Com os encontros de trabalho nas madrugadas, ganhamos confiança para acertar detalhes que estavam faltando. Foram horas difíceis pois o elenco, depois de um dia inteiro de atividades, ainda era cobrado a dar o máximo de si numa montagem onde todos devem colocar seu corpo a disposição do jogo ininterrupto que é proposto.
Mas também serviu para trabalhar a exaustão e impedir que a nóias fossem maiores - não que não tivesse aparecido - mas serviu pra gastar a energia da nóia para a energia do trabalho e força pra continuar.
Hoje, o grupo percebe mais do nunca a importância de estar a beira de uma estréia. Desde Vidros, o grupo não estreou nenhuma peça e parece que tínhamos perdido um pouco dessa sensação. Agora com Antígona, essa responsabilidade é retomada e todos os meses de trabalho ininterrupto será trocado com a platéia que estará presente.
A estréia - que será tratada num outro tópico - deverá ser muito celebrada. Nos meses que ficamos juntos, tivemos que passar por várias dificuldades e, por conta disso, outras tantas superações. Num processo onde a contextualização política para trazermos esse espetáculo a tona foi intenso, seria natural que algumas pessoas saissem, que nem todos sacassem a responsabilidade do seu personagem e da sua importância para o outro em sala de ensaio.
Agora, com os detalhes prontos, os ensaios já resolvidos na nossa cabeça, o senso de responsabilidade em dia, o cenário, figurino, maquiagem e acessórios finalizados, a tranquilidade só será quebrada pela ansiedade da estréia.
Mas isso já será um outro assunto.
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