A Máquina Roda

Em 2011 o Teatro da Neura deve ter muito trabalho pela frente. E isso se dá e muito pela determinação de fazer essa coisa chamada teatro com tudo aquilo que nele implica. E aí, quando fechamos alguns calendários de ensaios, pré-produção, estréias e pós produção, fico aqui imaginando o quanto que devemos rodar e rodar para conseguir fazer aquilo que gostamos com as pessoas que hoje nos interessam e que se interessam por nós.

E minha cabeça ainda avança quando é possível pensar as parcerias que se estabelecerão, outras que virão e aquelas que queremos consolidar.

E aí penso nos outros parceiros fora do Teatro da Neura que lutam uma luta insana pela arte, pela manutenção de suas obras, de sua dignidade e vejo que estamos no caminho certo uma vez que percebem a arte como algo inerente às suas vidas sejam lá como elas estejam.

Quantos ficaram pelo caminho nessa trajetória cada um sabe e, mesmo assim, mesmo lamentando essa ausência, esse caminho nos é brindado com outros encontros, novas experiências e renova os nossos valores.

Apesar de parece um pouco filosófico, percebo que é bem prático essa caminhada. Nós é que vimos poesia no concreto. A vida de um artista é tão concreta que ele a transforma em obra artística aquilo que vê e brinca de compreender tudo.

Sendo asism, brindo com os parceiros dignos essa trajetória de 2011. Teremos que desviar por alguns momentos a rota para dar conta de algumas vaidades  - e quando não foi assim? - mas também estamos prontos para seguir adiante com aqueles que trocam a verdadeira aventura de seguir adiante com uma manifestação tão cara ao ser humano e, por ser tão cara, ele nem percebe que a usa porque já está dentro de cada um.