quinta-feira, 28 de junho de 2012

O Corpo no Neurofobia


 Wokshop de Expressão Corporal ministrado por Ligia Berber no Neurofobia 2012

Expressão Corporal? O que de fato será isso? Gosto de pensar nisso, porque cada dia consigo pensar uma definição diferente. Posso me basear em grandes teóricos como Klauss Vianna ou Rudolph Laban para contar sobre minhas descobertas dentro da expressão corporal e as técnicas usadas no workshop, mas, prefiro ser mais sensorial no meu discurso já que estamos falando de expressão e corpo.


 Considero a expressão corporal uma busca sem fim, tão ampla quanto nossas expressivas palavras, mas de forma diferente, pois a nossa rotina nos limita de certa forma que esquecemos até que nosso corpo também é pura possibilidade de expressão. A cada dia que descobrimos algo no nosso corpo percebemos que temos muito mais a descobrir e aos poucos nos permitir viver isso se torna uma gratificante fonte de prazer e autoconhecimento. Por que então não dividir isso com as pessoas? 

A observação e a experimentação são os primeiros passos para expressão corporal, por isso é tão enriquecedor pra mim como orientadora e para os participantes, oportunidades como esse encontro no Neurofobia.  A possibilidade do workshop me permitiu observar novos corpos, perceber as diversas reações das pessoas onde um gesto ou uma simples pausa me faz viajar nas hipotéticas descobertas que cada um poderia conquistar. 

É lindo ver tanta gente diferente reagindo aos estímulos sugeridos, brincando consigo mesmo, demonstrando corpos atentos, carregados de memórias e novidades. Mais interessante ainda é pensar como reverter essas descobertas nos favorecendo como atores/ personagens.

Somos compostos de pedacinhos cheios de ossinhos e músculos que se mexem de diferentes formas e velocidades, e quando passamos a reconhecer essas possibilidades de movimento que temos, podemos fazer disso uma partitura física diferente para cada personagem e é ai que entendemos a magia e importância da expressão corporal dentro do teatro. O simples fato de se conquistar a consciência do mecanismo para andarmos, por exemplo, já pode fazer toda diferença na vida de um ator, ou qualquer pessoa. Passamos a ter maior domínio de nós mesmos, podendo assim criar fisicamente ou simplesmente se policiar para não nos entregarmos as posturas errôneas e o comodismo do nosso dia a dia. 

Meu muito obrigada pela disposição e confiança de todos que participaram do workshop, espero que nossas experiências tenham acrescentando um bocado a cada um de vocês como acrescentou a mim. Foi um prazer, com direito a gostinho de quero mais!

Por Ligia Berber - preparadora corporal do Teatro da Neura

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