Fico aqui imaginando até quando figuras que se sustentam pelo que fizeram no passado de bom ainda se acham gabaritadas a dizer alguma coisa sobre a qual não entendem nos dias de hoje depois de fazerem tanta besteira.
Sim, no topo dessa lista está o sr. Caetano Veloso. Ao declarar a Folha de S. Paulo - claro! - que Lula é analfabeto, criou um constrangimento que até ele mesmo teve que desfazer em Portugal.
Teve que engolir o fato de que o fenômeno das letras estar sendo substituído pelo bom senso da maioria da população desse país que cansou de ver apenas "os inteligentes" e "os que sabem tudo" falando dos pobres quando na realidade estão falando daqueles que só vêem na televisão.
Teve que engolir a infelicidade de saber que sua arte não é mais querida pela maioria da população que um dia já o adorou e que agora prefere ouvir outros sons descobertos por programas culturais espalhados pelo Brasil promovidos pelo Governo Lula. E, pior, tocar para uma classe média brasileira que, cá entre nós, ninguém merece né - nem nós.
Teve que engolir sua arrogância de saber que não poderá fazer cara de Regina Duarte e passar como um deus baiano que tudo fala e nada ouve.
Teve que engolir o descrédito de suas palavras que não conseguem mais reverberar pela sua arte e sim pelas suas palavras desmedidas e, ultimamente, desacreditadas.
Agora, depois de dizer que não disse e tentar pedir desculpas em falas que poucos - de propósito - entendem, tentará levar sua vida artística adiante antes que ele mesmo desmonte com baboseiras que só aplaudem os médio classistas de plantão que assinam Tv a cabo, pagam seus carros OKM em 68 prestações, se esfolam pra pagar o colégio particular dos filhos mimados e carentes de afeto e, quando se sentirem mais relaxados, num sábado de noite, após assinar um filme pay-per-view, ouvirá Caetano e suas palavras ao vento (do 12º andar, é claro).
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