quarta-feira, 18 de maio de 2011

Eleições municipais e o chumbo clássico

Os cuidados que nós, artistas informadores e formadores (de si e quiçá, de outros) deve começar a nos tomar conta. Engana-se quem não vê atentamente que os projetos políticos já estão contamidos pelas eleições municipais que invadirão nossas cabeças em 2012.

E é notório que, com esse tipo de pensamento, mesmo que várias decisões ainda não estejam tomadas, as articulações nos bastidores estão a todo vapor. E a postura política dos artistas devem ter vários focos, mas sempre voltado para políticas mais sólidas e que sejam, de verdade, políticas de Estado e não aquela velha fórmula provinciana do balcão, mesmo que camuflada com boas intenções.

Política pública não se faz com boas intenções. As boas intenções sempre vão mudar de acordo com o conceito de boa intenção e, convenhamos amigos artistas, esses conceitos estão bem deturpados aqui na região do Alto Tietê.

Na áera teatral é possivel afirmar que não há nenhum pensamento que gire em torno de ajudar na continuidade de qualquer grupo, agrupamento ou artista individual para a realização de seus trabalhos. Ainda na lógica conservadora de se fazer política, a idéia de que "artista é meio vagabundo" - em maior ou menor grau - ainda persiste e norteia essa postura não muito diferente do que sempre foram as políticas culturais na nossa região.

Veja que nunca penso na dependência desses grupos ao dinheiro público, mas falo de equilíbrio das forças. Seguindo a linha de um populismo mais descarado ou mascarado, ainda o que vem de fora é mais importante, ganha mais dinheiro, mais prestígio do que os lutadores locais que escolheram suas cidades para seguir adiante com seus projetos/sonhos no máximo que seus orçamentos ajudam a fazer com o mínimo de dignidade suas obras artísticas.

Mas, como se sabe, com as eleições próximas, os candidatos virão na linha do pode ser pior se não nos eleger e criar nas nossas cabeças a insegurança clássica na tentativa de cedermos a essas deliciosas mentiras que fingimos acreditar de 4 em 4 anos.

E aprendi, com a minha pouca experiência nisso - e acho que sempre será pouca - que as mentiras sinceras só me interessam na vida amorosa, mas não na profissional.

Atenção amigos pois virá chumbo grosso envolvido com flores em 2012.

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