segunda-feira, 14 de setembro de 2009
O Movimento só se faz na Prática
Há na região um discurso corrente entre os grupos de Teatro e seus líderes sobre a importância do movimento da classe para que consigamos consolidar algumas propostas junto ao poder público. Não é uma tarefa fácil porque tá todo mundo correndo atrás do seu e se juntar pra discutir políticas que podem ser implementadas daqui há dois ou três anos requer paciência.
Mas acredito que há um aviso que temos que ficar atentos. O golpe que a Prefeitura de Santo André deu na Escola Livre de Teatro de lá, reflete que o movimento deve estar sempre presente e nunca descansar de perceber as ameaças que insistem em nos surpreender (e parecem que sabem quando nos surpreender) e evitar danos que as vezes podem ser irreversíveis.
Aqui no Alto Tietê, uma região rica e que aglomera mais de 2 milhões de pessoas, os movimentos da classe estão pífios e os governantes ainda fazem a festa nas nossas costas. Como se não bastasse, temos que lidar com egos inflados de pessoas da nossa profissão e a sedução de passar por cima daqueles que ainda não estão preparados pra entrar no mercado cultural.
A falta de percepção que todos são importantes e que ilhas de produção artística não sobreviverão sem a ajuda dos demais companheiros de luta ainda não é uma constatação.
E isso assusta.
Passou da hora do movimento, que está sendo encabeçado por alguns líderes, ter essa maturidade e trabalhar, na prática, para ações conjuntas porque nada acontece sozinho e daqui a pouco, se não houver um jogo junto, estaremos fadados a trabalhar isolados, cada um pensando em seu próprio umbigo e fazendo o discurso de "trabalhar juntos".
Mas estou atento a essas movimentações e sei que aqueles que pensam que todos dormem, agora sabem que alguns estão de olhos bem abertos.
Movimento é coletivo. E na prática.
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Fiz uma proposta lá embaixo. Continua de pé. É tocar na ferida mesmo. É preciso começar a dar nome aos bois. Chega de generalizar.
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